Respeito Com As Pessoas
Respeito é bom e todo mundo gosta
Limites: aprenda a respeitar e ser respeitado
A base da boa Conduta Moral e Ética
Como ter boas maneiras e boa conduta como cidadão
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
terça-feira, 25 de novembro de 2014
Poema: AUTOPSICOGRAFIA
Autopsicografia
O
poeta é um fingidor.
Finge
tão completamente
Que
chega a fingir que é dor
A
dor que deveras sente.
E
os que lêem o que escreve,
Na
dor lida sentem bem,
Não
as duas que ele teve,
Mas
só a que eles não têm.
E
assim nas calhas de roda
Gira,
a entreter a razão,
Esse
comboio de corda
Que
se chama coração.
Fernando
Pessoa
Vocabulário
Em língua portuguesa de Portugal:
calhas de roda são trilhos
comboio de corda é um trem de brinquedo.
Após ler o Poema: AUTOPSICOGRAFIA de Fernando Pessoa, responda às questões:
1.
O que é “autopsicografia”? Observe que na formação dessa
palavra entraram: auto, psico e grafia. Você conhece outras palavras
com esses radicais gregos?
2.
Explique o que você compreende dos quatro primeiros versos:
"O
poeta é um fingidor.
Finge
tão completamente
Que
chega a fingir que é dor
A
dor que deveras sente"
3.
Analise os versos seguintes:
"E
os que lêem o que escreve,
Na
dor lida sentem bem,
Não
as duas que ele teve,
Mas
só a que eles não têm"
a)
A quem se referem as formas verbais no plural: lêem, sentem e têm?
b)
O que você compreende por “a dor lida”?
c)
A quem se referem as formas verbais no singular: escreve e teve?
d)
Que palavra foi omitida neste verso: Não as duas que ele teve?
e)
E nesse verso, que palavra foi omitida: Mas só a que eles não têm.?
4.
Como você explica os quatro versos que acabou de analisar?
5.
Nos versos a seguir, o poeta sintetiza o que disse nos versos
anteriores. Vamos analisá-los:
"E
assim nas calhas de roda
Gira,
a entreter a razão,
Esse
comboio de corda
Que
se chama coração"
a)
O que gira nas calhas de roda (trilhos de trem)?
b)
Que nome o poeta dá para a palavra “coração”?
c)
O que significa na língua portuguesa de Portugal a expressão
“comboio de corda”?
d)
Com que finalidade o coração gira nas calhas de roda?
POEMA - MOTIVO
Motivo
Eu
canto porque o instante existe
e
a minha vida está completa.
Não
sou alegre nem sou triste:
sou
poeta.
Irmão
das coisas fugidias,
não
sinto gozo nem tormento.
Atravesso
noites e dias
no
vento.
Se
desmorono ou se edifico,
se
permaneço ou me desfaço,
-
não sei, não sei. Não sei se fico
ou
passo.
Sei
que canto. E a canção é tudo.
Tem
sangue eterno a asa ritmada.
E
um dia sei que estarei mudo:
-
mais nada.
Cecília
Meireles
Após ler o Poema: MOTIVO de Cecília Meireles, responda às questões:
1.
Explique por que o poema se chama “Motivo”.
2.
Em que sentido a autora diz “Eu canto”?
3.
A autora usa palavras no masculino como se quem está falando no
poema é um homem. Quais são essas palavras?
4.
Qual é o motivo que tudo justifica na vida do “eu-lírico” do
poema? Justifique sua resposta, citando versos do poema.
5.
Tomando como base a questão anterior, o “eu-lírico” de um poema
pode ser outro, em relação ao escritor do poema? Por exemplo, o
“eu-lírico” pode ser uma criança e o autor ser um adulto?
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
Dois poemas de amor...
Falando de Amor
Tom Jobim
Se eu pudesse por um dia
Esse amor, essa alegria
Eu te juro, te daria
Se pudesse esse amor todo dia
Chega perto, vem sem medo
Chega mais meu coração
Vem ouvir esse segredo
Escondido num choro canção
Se soubesses como eu gosto
Do teu cheiro, teu jeito de flor
Não negavas um beijinho
A quem anda perdido de amor
Chora flauta, chora pinho
Choro eu o teu cantor
Chora manso, bem baixinho
Nesse choro falando de amor
Quando passas, tão bonita
Nessa rua banhada de sol
Minha alma segue aflita
E eu me esqueço até do futebol
Vem depressa, vem sem medo
Foi pra ti meu coração
Que eu guardei esse segredo
Escondido num choro canção
Lá no fundo do meu coração
Soneto do Amor Eterno
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes e com tal zelo, e sempre e tanto
que mesmo em face do maior encanto
dele se encante mais meu pensamento.
Quero vive-lo em cada vão momento
e em seu louvor hei de espalhar meu canto
e rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou ao seu contentamento.
E assim quando mais tarde me procure
quem sabe a morte, angustia de quem vive
quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
*Vinicius de Moraes
http://educationwikinte04.wikispaces.com/Atividades+com+Poesias+e+Produ%C3%A7%C3%A3o+de+Textos
Tom Jobim
Se eu pudesse por um dia
Esse amor, essa alegria
Eu te juro, te daria
Se pudesse esse amor todo dia
Chega perto, vem sem medo
Chega mais meu coração
Vem ouvir esse segredo
Escondido num choro canção
Se soubesses como eu gosto
Do teu cheiro, teu jeito de flor
Não negavas um beijinho
A quem anda perdido de amor
Chora flauta, chora pinho
Choro eu o teu cantor
Chora manso, bem baixinho
Nesse choro falando de amor
Quando passas, tão bonita
Nessa rua banhada de sol
Minha alma segue aflita
E eu me esqueço até do futebol
Vem depressa, vem sem medo
Foi pra ti meu coração
Que eu guardei esse segredo
Escondido num choro canção
Lá no fundo do meu coração
Soneto do Amor Eterno
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes e com tal zelo, e sempre e tanto
que mesmo em face do maior encanto
dele se encante mais meu pensamento.
Quero vive-lo em cada vão momento
e em seu louvor hei de espalhar meu canto
e rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou ao seu contentamento.
E assim quando mais tarde me procure
quem sabe a morte, angustia de quem vive
quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
*Vinicius de Moraes
http://educationwikinte04.wikispaces.com/Atividades+com+Poesias+e+Produ%C3%A7%C3%A3o+de+Textos
Poesia Infantil
Nesse link você irá encontrar um blog com vários poemas para Crianças de vários autores.
Poesia para Criança
Poesia para Criança
Exercícios poéticos ...
Exercícios poéticos
Leia os poemas produzidos pelos alunos dos docentes Leonaldo Batista dos Santos, de Praia Grande (SP), e Neli Santos, de Uberlândia (MG)
Mentira!
Gabriely Willian, 12 anos
6º ano da EM Professora Maria Clotilde Lopes Comitre Rigo
Imaginações, emoções, ilusões.
Tudo isso sofri!
Tentei chorar nos teus ombros.
Mentira! Você não estava mais aqui.
Meu coração gritava desesperadamente por você!
Minha alma é como neblina!
Minha raiva é fogo!
Você voltou como se nada tivesse acontecido.
Sinceramente, para mim você havia morrido!
Vou falar no seu ouvidinho...
Mentira.
Gabriely Willian, 12 anos
6º ano da EM Professora Maria Clotilde Lopes Comitre Rigo
Imaginações, emoções, ilusões.
Tudo isso sofri!
Tentei chorar nos teus ombros.
Mentira! Você não estava mais aqui.
Meu coração gritava desesperadamente por você!
Minha alma é como neblina!
Minha raiva é fogo!
Você voltou como se nada tivesse acontecido.
Sinceramente, para mim você havia morrido!
Vou falar no seu ouvidinho...
Mentira.
Quando alguém
Walisson da Cruz, 12 anos 6º ano da EM Professora Maria Clotilde Lopes Comitre Rigo
Quando alguém vai pela estrada
Vai com a calça apertada.
Quando alguém vai ao banco
Sente-se um tranco.
Quando alguém tem vida
Quando acorda tem uma saída.
Quando alguém não se sente bem
Vai para a igreja dizer amém.
Quando alguém vai onde está escuro
Finge que está seguro.
Quando alguém vai ao trabalho
Acha-se um atalho.
Quando alguém faz o almoço
Sente-se uma coisa no pescoço.
Quando alguém vai pro lugar errado
Chama-se "atormentado".
Quando alguém vai à feira
Encontra-se uma cadeira.
Quando alguém vai brincar
Sempre vai se machucar.
Quando alguém está com energia
Sempre sente alegria.
Quando alguém pergunta como eu estou
Eu digo: Esse poema acabou.
Walisson da Cruz, 12 anos 6º ano da EM Professora Maria Clotilde Lopes Comitre Rigo
Quando alguém vai pela estrada
Vai com a calça apertada.
Quando alguém vai ao banco
Sente-se um tranco.
Quando alguém tem vida
Quando acorda tem uma saída.
Quando alguém não se sente bem
Vai para a igreja dizer amém.
Quando alguém vai onde está escuro
Finge que está seguro.
Quando alguém vai ao trabalho
Acha-se um atalho.
Quando alguém faz o almoço
Sente-se uma coisa no pescoço.
Quando alguém vai pro lugar errado
Chama-se "atormentado".
Quando alguém vai à feira
Encontra-se uma cadeira.
Quando alguém vai brincar
Sempre vai se machucar.
Quando alguém está com energia
Sempre sente alegria.
Quando alguém pergunta como eu estou
Eu digo: Esse poema acabou.
Eclipe
Izabel Cristina Ribeiro Bernardes, 48 anos Turma de 7º ano da EJA da Eseba - Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
Se você fosse o sol
E eu a lua,
Teria eclipse todos os dias...
Izabel Cristina Ribeiro Bernardes, 48 anos Turma de 7º ano da EJA da Eseba - Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
Se você fosse o sol
E eu a lua,
Teria eclipse todos os dias...
A Cama Eliete Osana Borges, 37 anos Turma de 7º ano da EJA da Eseba - Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
Em minha cama deito,
Tão logo deito, penso.
O pensar dispersa,
O deitar me acomoda.
Quero não pensar, quero sonhar...
Descanso e adormeço.
Em minha cama deito,
Tão logo deito, penso.
O pensar dispersa,
O deitar me acomoda.
Quero não pensar, quero sonhar...
Descanso e adormeço.
História de Minha Infância Wilson de Morais Martins, 48 anos Turma de 7º ano da de EJA da Eseba - Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
Eu tenho muita saudade
Do meu tempo de criança.
Vivia com meus pais
na fartura e na bonança.
Mas o tempo foi passando...
Fiquei moço de repente
E fui pra cidade grande,
Me tornei independente.
Hoje, longe da família,
A saudade me devora,
Mas não perco a esperança
De um dia ir embora.
Quando estiver chegando
Onde chorei na despedida,
Quero abraçar papai e mamãe,
pois foram eles que me deram a vida!
Quero rever meus irmãos.
E o meu maior desejo:
Quero lhes dar muito carinho
Muitos abraços, muitos beijos.
Quero ir lá na fazenda,
Vou pescar no rio Taquari,
Onde tem peixe graúdo,
Tem piapara, tilápia e lambari!!
Eu estou vivendo na cidade
Amolado e tristonho.
Tenho fé que muito em breve
Vou realizar o meu sonho!
Já está chegando a hora...
A saudade é demais!
Não quero viver em Minas,
Vou voltar pra Goiás.
Eu tenho muita saudade
Do meu tempo de criança.
Vivia com meus pais
na fartura e na bonança.
Mas o tempo foi passando...
Fiquei moço de repente
E fui pra cidade grande,
Me tornei independente.
Hoje, longe da família,
A saudade me devora,
Mas não perco a esperança
De um dia ir embora.
Quando estiver chegando
Onde chorei na despedida,
Quero abraçar papai e mamãe,
pois foram eles que me deram a vida!
Quero rever meus irmãos.
E o meu maior desejo:
Quero lhes dar muito carinho
Muitos abraços, muitos beijos.
Quero ir lá na fazenda,
Vou pescar no rio Taquari,
Onde tem peixe graúdo,
Tem piapara, tilápia e lambari!!
Eu estou vivendo na cidade
Amolado e tristonho.
Tenho fé que muito em breve
Vou realizar o meu sonho!
Já está chegando a hora...
A saudade é demais!
Não quero viver em Minas,
Vou voltar pra Goiás.
http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/galeira-poemas-produzidos-pelos-alunos-810348.shtml
Para ler um pouco mais...
Se você gosta de poesia e quer ler outros poemas e conhecer outro poetas, faça um passeio pelos links a seguir. Boa leitura.
15 MELHORES POEMAS DE PAULO LEMINSKI
Vinícius de Moraes - Poesia e outros...
Ruth Rocha - Poesia Infanto-Juvenil
Roseana Murray
15 MELHORES POEMAS DE PAULO LEMINSKI
Vinícius de Moraes - Poesia e outros...
Ruth Rocha - Poesia Infanto-Juvenil
Roseana Murray
INFÂNCIA - Carlos Drummond de Andrade
INFÂNCIA - Carlos Drummond de Andrade
Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
lia a história de Robinson Crusoé,
comprida história que não acaba mais.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
lia a história de Robinson Crusoé,
comprida história que não acaba mais.
No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu
a ninar nos longes da senzala – e nunca se esqueceu
chamava para o café.
Café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom.
a ninar nos longes da senzala – e nunca se esqueceu
chamava para o café.
Café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom.
Minha mãe ficava sentada cosendo
olhando para mim:
- Psiu… Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro… que fundo!
olhando para mim:
- Psiu… Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro… que fundo!
Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.
no mato sem fim da fazenda.
E eu não sabia que minha história
era mais bonita que a de Robinson Crusoé.
era mais bonita que a de Robinson Crusoé.
Se você quiser ouvir este poema acesse:
http://drummond.memoriaviva.com.br/alguma-poesia/infancia/
O carteiro e o poeta
O carteiro e o poeta
- Metáforas, homem!
- Que são essas coisas?
O poeta colocou a mão sobre o ombro do rapaz.
- Para esclarecer mais ou menos de maneira imprecisa, são modos de dizer uma coisa comparando-a com outra.
- Dê-me um exemplo...
Neruda olhou o relógio e suspirou.
- Bem, quando você diz que o céu está chorando. O que é que você quer dizer com isto?
- Ora, fácil! Que está chovendo, ué!
- Bem, isso é uma metáfora.
- E por que se chama tão complicado, se é uma coisa tão fácil?
- Porque os nomes não têm nada a ver com a simplicidade ou a complexidade das coisas.
- Metáforas, homem!
- Que são essas coisas?
O poeta colocou a mão sobre o ombro do rapaz.
- Para esclarecer mais ou menos de maneira imprecisa, são modos de dizer uma coisa comparando-a com outra.
- Dê-me um exemplo...
Neruda olhou o relógio e suspirou.
- Bem, quando você diz que o céu está chorando. O que é que você quer dizer com isto?
- Ora, fácil! Que está chovendo, ué!
- Bem, isso é uma metáfora.
- E por que se chama tão complicado, se é uma coisa tão fácil?
- Porque os nomes não têm nada a ver com a simplicidade ou a complexidade das coisas.
(O Carteiro e o Poeta, Antonio Skármeta)
Metáfora (Gilberto Gil)
Metáfora (Gilberto Gil)
Uma lata existe para conter algo
Mas quando o poeta diz: "Lata"
Pode estar querendo dizer o incontível
Uma meta existe para ser um alvo
Mas quando o poeta diz: "Meta"
Pode estar querendo dizer o inatingível
Por isso, não se meta a exigir do poeta
Que determine o conteúdo em sua lata
Na lata do poeta tudonada cabe
Pois ao poeta cabe fazer
Com que na lata venha caber
O incabível
Deixe a meta do poeta, não discuta
Deixe a sua meta fora da disputa
Meta dentro e fora, lata absoluta
Deixe-a simplesmente metáfora
Uma lata existe para conter algo
Mas quando o poeta diz: "Lata"
Pode estar querendo dizer o incontível
Uma meta existe para ser um alvo
Mas quando o poeta diz: "Meta"
Pode estar querendo dizer o inatingível
Por isso, não se meta a exigir do poeta
Que determine o conteúdo em sua lata
Na lata do poeta tudonada cabe
Pois ao poeta cabe fazer
Com que na lata venha caber
O incabível
Deixe a meta do poeta, não discuta
Deixe a sua meta fora da disputa
Meta dentro e fora, lata absoluta
Deixe-a simplesmente metáfora
http://www.gentequeeduca.org.br/planos-de-aula/poemas-escutar-ler-compreender-interpretar-e-declamar
Amor é um fogo que arde sem se ver
Amor é um fogo que arde sem se ver
Amor é um fogo que arde sem se ver,
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente,
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís Vaz de Camões
Amor é um fogo que arde sem se ver,
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente,
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís Vaz de Camões
http://www.gentequeeduca.org.br/planos-de-aula/poemas-escutar-ler-compreender-interpretar-e-declamar
Os poemas - Mário Quintana
Os poemas
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhoso espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
(Fonte: QUINTANA, Mário. Esconderijos do tempo. Porto Alegre: L&PM,1980.)
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhoso espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
(Fonte: QUINTANA, Mário. Esconderijos do tempo. Porto Alegre: L&PM,1980.)
http://www.gentequeeduca.org.br/planos-de-aula/poemas-escutar-ler-compreender-interpretar-e-declamar
Qual a diferença entre poema, poesia e soneto?
Qual a diferença entre poema, poesia e soneto?
Editado por Bruna Nicolielo (novaescola@fvc.org.br). Com reportagem de Gabriela Portilho
No sentido etimológico, poesia vem do grego poiesis, que pode ser traduzido como a atividade de produção artística ou a de criar ou fazer. Com base nisso, a poesia pode não estar só no poema, mas também em paisagens e objetos. Trata-se, enfim, de uma definição mais ampla, que abarca outras formas de expressão, além da escrita.
Já o poema também é uma obra de poesia, mas que usa palavras como matéria-prima. Na prática, porém, convencionou-se dizer que tanto o poema quanto a poesia são textos feitos em versos, que são as linhas que constituem uma obra desse gênero.
Por fim, o soneto é um poema de forma fixa. Tem quatro estrofes, sendo que as duas primeiras se constituem de quatro versos, cada uma, os quartetos, e as duas últimas de três versos, cada uma, os tercetos. Todos eles têm dez sílabas poéticas, classificando-se como decassílabos. Os sonetos costumam ter uma estrutura semelhante. O texto começa com uma introdução, que apresenta o tema, seguida de um desenvolvimento das ideias e termina com uma conclusão, que aparece no último terceto. Essa é, em geral, a estrofe decodificadora de seu significado.
http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/qual-diferenca-poema-poesia-soneto-670485.shtml
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
Poema - Sem título
Meus amigos
quando me dão a mão
sempre deixam
outra coisa
presença
olhar
lembrançacalor
meus amigos
quando me dão
deixam na minha
a sua mão
Poema - Amar
Amar
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
e o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
Carlos Drummond de Andrade
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
e o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
Poema - Procura da Poesia
Procura da Poesia
Não faças versos sobre acontecimentos.
Não há criação nem morte perante a poesia.
Diante dela, a vida é um sol estático,
Não aquece nem ilumina.
As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam.
Não faças poesia com o corpo,
esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica.
Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro
são indiferentes.
Nem me reveles teus sentimentos,
que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem.
O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.
Não cantes tua cidade, deixa-a em paz.
O canto não é o movimento das máquinas nem o segredo das casas.
Não é música ouvida de passagem: rumor do mar nas ruas junto à linha de espuma.
O canto não é a natureza
nem os homens em sociedade.
Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada significam.
A poesia (não tires poesia das coisas)
elide sujeito e objeto.
Não dramatizes, não invoques,
não indagues. Não percas tempo em mentir.
Não te aborreças.
Teu iate de marfim, teu sapato de diamante,
vossas mazurcas e abusões, vossos esqueletos de família
desaparecem na curva do tempo, é algo imprestável.
Não recomponhas
tua sepultada e merencória infância.
Não osciles entre o espelho e a
memória em dissipação.
Que se dissipou, não era poesia.
Que se partiu, cristal não era.
Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consuma
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?
Repara: ermas de melodia e conceito,
elas se refugiaram na noite, as palavras.
Ainda úmidas e impregnadas de sono,
rolam num rio difícil e se transformam em desprezo.
Carlos Drummond de Andrade
Poema - Autopsicografia
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa
Poema - Motivo
Motivo
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.
Cecília Meireles
CONTOS DE FADAS
Acesse o link a seguir e conheça alguns contos de fadas.
Clássicos - Irmãos Grimm
Contos de Hans Christian Andersen
Contos de Perrault
Clássicos - Irmãos Grimm
Contos de Hans Christian Andersen
Contos de Perrault
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
Orações Coordenadas - Novos exercícios para fazer no caderno
A
Raposa e as uvas
Uma
raposa estava com muita fome. Foi quando viu uma parreira cheia de
lindos cachos de uva. Imediatamente começou a dar pulos para ver se
pegava as uvas. Mas a latada era muito alta e, por mais que pulasse,
a raposa não as alcançava.
-
Estão verdes – disse, com ar de desprezo.
E
já ia seguindo o seu caminho, quando ouviu um pequeno ruído.
Pensando
que era uma uva caindo, deu um pulo para abocanhá-la. Era apenas uma
folha e a raposa foi-se embora, olhando disfarçadamente para os
lados. Precisava ter certeza de que ninguém percebera que queria as
uvas.
Também
é assim com as pessoas: quando não podem ter o que desejam, fingem
que não o desejam.
(12
fábulas de Esopo. 0. Por Fernanda Lopes de Almeida. São Paulo.
Ática, 1994)
Latada:
grade de varas ou canos para sustentar plantas.
1.
Na fábula, a raposa, com fome, vê “lindos cachos de uva”. Se os
cachos eram lindos, por que, então, a raposa diz que estavam
verdes?
2.
A raposa, não alcança as uvas, vai embora. Que fato posterior a
esse comprova que a raposa mentia ao dizer que as uvas estavam
verdes?
3.
Identifique no texto o parágrafo que contém a moral da fábula de
Esopo.
4.
Qual das frases abaixo traduz a idéia principal da fábula de
Esopo?
a)
Quem não tem, despreza o que deseja.
b)
A mentira tem pernas curtas.
c)
Quem não tem o que deseja, sente inveja dos outros.
5.
Assinale a alternativa correta:
a)
Os pais incentivaram os filhos; esses, contudo não conseguiram
enfrentar o problema. A idéia apresenta expressa:
(
) explicação ( ) conclusão ( ) oposição ( ) proporção
b)
A oração coordenada sindética explicativa é:
(
) Ele trabalha muito, mas produz pouco.
(
) Apronte-se logo, que estamos em cima da hora.
(
) Aqueles dois ora entra, ora sai. Não tem sossego.
(
) A torcida incentivou, mas eles não ganharam o jogo.
6.
Retire do texto um período simples e um período composto:
7.
Assinale a alternativa em que o conetivo “e” é uma conjunção
aditiva.
a)Ligou
a TV para combater a insônia e dormiu.
b)Ele
saiu com destino ao cinema e, encontrando Laura, foi passear no
shopping.
c)Apanhou
muito e não chorou.
d)Estudou
inglês por mais de cinco anos e desconhece a palavra dumping.
e)O
telefone tocou e, do outro lado da linha, só havia silêncio.
8.
As orações coordenadas podem ser sindéticas ou assindéticas.
Agora leia as orações:
I.
Não assisto TV, pois prefiro uma boa leitura.
II.
Adoro você e sempre vou adorar, porém não me engane.
III.
Fique comigo ou com o mundo.
De
acordo com as orações acima, marque (V) para verdadeiro ou (F) para
falso nas afirmativas que seguem. Você é capaz!
(
) No período I há duas orações coordenadas sindéticas.
(
) Os três períodos possuem, cada, somente uma oração coordenada
assindética.
(
) No período II há uma oração coordenada sindética aditiva e
outra adversativa.
9) Leia o texto e analise as orações sublinhadas:
O sujeito estava chegando na rodoviária/ e viu o ônibuspartindo naquele instante.Não teve dúvidas,/ ajeitou as malas nas costas/ e saiu em desabalada carreira atrás do ônibus./Correu mais de cinqüenta quilômetros até que conseguiu alcançar o ônibus. Estava totalmente esfrangalhando, o sujeito.Sentou numa poltrona/ e comentou com o companheiro do lado:
- Se eu perdesse este ônibus pra Bahia, só ia ter outro a semana que vem.
Ao que o outro observou:
-Só que este aqui está indo pra Porto Alegre. Tchê.
As melhores piadas e anedotas da praça, n °1.São Paulo,Green Editora.
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